
Carta aberta aos diretores da Escola de Administração da UFRGS

O Max Roser, principal responsável pelo Our World in Data publicou a imagem abaixo no twitter.
O gráfico mostra o que as pessoas pensam quando, numa pesquisa, por exemplo, diz-se “Quase certo”, “provável” ou “muito improvável”.
Baseado num estudo da CIA sobre probabilidades.
O dito “Debate do Cálculo” é algo presente na ciência econômica há mais de cem anos.
Os seguidores da Escola Austríaca tem debatido os comunistas há anos sobre o tema como pode ser visto no livro de Mises: “O Cálculo Econômico no Socialismo” (de 1920 com edição no Brasil de 2012) e hoje há um acalorado debate acadêmico entre duas correntes ‘austríacas’ do tema.
Numa delas, a que acredita que o problema do planejamento central socialista é essencialmente um problema de conhecimento causado pela dispersão da informação sobre preferências e recursos e que, portanto, teoricamente, defende a possibilidade do calculo num regime socialista desde que o conhecimento seja recolhido e usado de maneira correta para resolver as ‘equações’.
Neste lado estão expoentes como Kirzner, Leland Yeager, Steve Horwits e Peter Boettke.
Do outro lado estão aqueles que defendem que o planejamento central socialista é essencialmente um problema causado pela inexistência de propriedade privada e preços de mercado.
Neste lado se encontram: Rothbard, H.H. Hoppe, Jeff Herbener, Guido Husmann, Peter Klein e muitos outros.
A mim parece que o segundo lado tem muita razão.
Para quem tem interesse, há o livro do Professor Fábio Barbieri, “História do Debate do Cálculo Econômico Socialista“.
Via Joe Salerno.
Sempre que eu vejo uma notícia que se importa demais com determinada estatística, me vem em mente um livro do Darrell Huff, ‘Como mentir com estatística’. Ele ensina 5 passos pra pegar os espertalhões:
Não é só isso, claro, mas ao usar essas 5 regras tu já consegues por em suspeito a enorme maioria das pesquisas que aparecem na mídia e na academia, sobre qualquer tema.
A única responsabilidade da ciência é nos instruir com relação à capacidade dos nossos meios para atingirmos os fins que desejamos.
Ludwig Von Mises, Memoirs (pg.4 ).
Aprender sempre é e será com esse fim. Como qualquer tipo de ação humana, o ato de aprender visa levar o sujeito de uma situação de menor satisfação para uma de maior satisfação. Por isso, aprender sem propósito é pouco ou nada útil.
Hoje em dia, quando uma ciência não consegue sequer chegar ao nível de consciência do senso comum, ela prefere antes negar o senso comum do que corrigir-se a si mesma. A autoridade da ciência é uma das maiores causas da burrice universal.
Ou, se a ciência te diz alguma coisa que vai contra tudo que todo mundo sabe, possivelmente a ciência está errada, não o senso comum.
Via Olavo de Carvalho que, para variar, tem razão.
Uma régua correta é confiável, mas seria ela válida para medir o peso de alguma coisa?
Ao tentarmos conhecer algum fenômeno devemos escolher sempre um instrumento de medição válido e confiável. Não é por que você entende (conhece a cofiabilidade) de regressões ou de modelagem de equações ou de experimentos que eles são instrumentos válidos para entender o fenômeno que você esta tentando explicar.
Como eu já disse algumas vezes por aqui: se tudo que você tem é um martelo, de repente tudo começa a se parecer com prego.
Qualidade na Escrita e na forma – atenção à formatação e à linguagem!
Qualidade na revisão da literatura – quão atual é o material usado como base da pesquisa?
O problema ao qual o artigo se refere é claro e relevante?
A revista para a qual você mandou o material está alinhada com o tipo de pesquisa que você fez?
Essas são só algumas das coisas importantes, mas, acima de tudo eu diria: qual a contribuição do que está sendo escrito para o avanço do conhecimento?